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3 ensinamentos de Buda para alcançar a felicidade suprema

A impermanência é a constante que devemos compreender para libertar a mente das insatisfações mundanas



Buda compreendeu o sofrimento (insatisfação), sua causa (ignorância) e o meio para extingui-lo (discernimento). Assim, desenvolveu um método capaz de reconduzir o indivíduo à sua natureza real (felicidade), libertando-o das distrações mundanas (desejos), e preparando-o para o mais elevado grau de lucidez (iluminação).



"A verdadeira natureza dos fenômenos"

A causalidade é a Lei Mor que governa todas as interações do universo, e a principal constatação do budismo é que todos os fenômenos são impermanentes, insatisfatórios e impessoais. Então, somente quando adquirimos consciência dessa realidade, é que se faz possível viver de maneira plena, livre dos condicionamentos mentais que causam toda insatisfação, ou, como os antigos se referiam naquele tempo, Sofrimento.



Esta semana a redação do Entra Asanas compilou alguns conceitos fundamentais do budismo, que compõem a matriz de todas as experiências de felicidade e sofrimento, para você assimilar e colocar em prática no seu dia-a-dia durante a pandemia:



Evitar as ações não virtuosas

Aqui são listadas algumas premissas necessárias para evitar as ações negativas, substituindo-as por ações positivas, para, assim, manter distanciamento de situações que cause sofrimento, e aproximar-se de situações que gerem felicidade, para nós e para o próximo.



As dez ações não-virtuosas do budismo:


  1. Matar (ação de corpo)

  2. Roubar (ação de corpo)

  3. Conduta sexual imprópria (ação de corpo)

  4. Mentir (ação de fala)

  5. Agredir os outros verbalmente (ação de fala)

  6. Criar intrigas, difamar, caluniar, gerar discórdia (ação de fala)

  7. Falar inutilmente, tagarelar, fofocar (ação de fala)

  8. Proferir ensinamentos indevidos, visão errônea (ação de mente)

  9. Sentir raiva, pensamentos maliciosos ou aversão a outros seres (ação de mente)

  10. Manifestar avareza e cobiça (ação de mente)


Buda nos ensina que se a pessoa não tiver sucesso no intento de evitar ações negativas, vivenciará o sofrimento, mesmo que tenha grande vontade de evita-lo. Da mesma forma, se não conseguir realizar ações positivas no seu dia-a-dia, mesmo que almeje a felicidade, não conseguirá experimenta-la.




Fazer o bem

Este ensinamento faz referência ao nosso karma, ou seja, as nossas ações e suas consequências durante e após a vida, que podem ser boas, más ou neutras. Boas ações geram bons frutos, más ações geram maus frutos.

"Eu sou o dono das minhas ações, herdeiro das minhas ações, nascido das minhas ações, relacionado através das minhas ações e tenho as minhas ações como árbitro. O que quer que eu faça, para o bem ou para o mal, disso me tornarei o herdeiro."

Buda ensina que o indivíduo não pode negar a responsabilidade de suas próprias ações, e que tudo que colhe, é resultado direto de seus atos e das circunstâncias moldadas por suas decisões.


Também estabelece a relação do karma com o nascimento de cada indivíduo (o que o trouxe à existência), bem como as constantes mudanças pelas quais se depara ao longo da vida, todas intrinsecamente associadas as suas ações e decisões.


Por fim, Buda explicita a capacidade que reside em de cada pessoa de conduzir e modificar seu próprio destino, bem como de influenciar, positiva ou negativamente, o destino de outros.




Dominar a própria mente

Este fundamento budista remete ao princípio do Yoga; o recolhimento das atividades da mente.


No budismo emprega-se a expressão "domar a mente", caracterizando a ação intencional de cessar o sofrimento causado pelos pensamentos habituais, pelas distrações mentais e pelo conhecimento incorreto.


Buda define que a raiz de toda insatisfação têm origem na mente, e especifica uma série de premissas e técnicas para que possamos domar nossos pensamentos, a partir da visão correta, da conduta correta e da meditação correta.


Quatro nobres verdades

I. detectar o sofrimento: nascimento, velhice, doença, morte, desejos, apegos;

II. apontar a origem do sofrimento: desejos de vida, prazeres;

III. revelar possibilidades de evitar o sofrimento: pacificação, neutralização;

IV sugerir uma ação alternativa ao sofrimento: praticar e percorrer o caminho



As oito práticas

I. perspectiva correta acerca da verdadeira natureza da realidade

II. perspectiva reflexiva;

III. usar a palavra corretamente ou manter silêncio;

IV. agir para libertar-se;

V. viver de forma justa e compassiva;

VI. esforçar-se para não ceder aos desejos;

VII. manter a mente em estado de tranquilidade

VIII. meditar e contemplar


Toda forma de sofrimento que experimentamos, sejam momentos de desconforto mental, ou mesmo sofrimentos intensos e prolongados, todos eles têm origem na mente indomada. Todas essas perturbações que nos assolam e incomodam, remetem a matriz que fundamenta nossa experiência existencial; a mente. Então, uma coisa é certa; para haver equilíbrio, controle é fundamental.


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