A junção de duas efemérides nunca foi tão importante
Por Mônica Kikuti *
@monicakikuti
Vivemos tempos desafiadores em duas vertentes: saúde e notícias. Nunca fomos tão bombardeados por fake news e também nunca vivemos uma pandemia de coronavírus. Hoje, este 7 de Abril reúne duas importantes efemérides: Dia Mundial da Saúde e Dia do Jornalista.
Instituído em 1948, o Dia Mundial da Saúde marca a criação da Organização Mundial da Saúde (OMS) e veio com o objetivo de trazer conscientização à população mundial sobre práticas saudáveis e também alertar sobre doenças e como prevení-las. A cada ano é escolhido um tema de prioridade internacional para discussão. Em 2021, diante das incertezas abissais do coronavírus, a temática escolhida é “Construindo um mundo mais justo e saudável”.
Na agenda, o Dia do Jornalista, no entanto, é mais antigo: foi instituído em 1931 pela Associação Brasileira de Imprensa (ABI), como forma de homenagear o médico e jornalista Giovanni Battista Líbero Badaró, morto por inimigos políticos em 1830.
Categorias indispensáveis na frente de batalha
Portanto, desde muito, a pauta saúde e o jornalismo andam juntos. Aliás, podemos dizer que são indissociáveis. O jornalista – e aí eu me refiro àquele profissional que trabalha comprometido com a verdade – tem relevância na divulgação de práticas saudáveis, no alerta sobre doenças e, com suas reportagens, em todos os universos de divulgação, orientar e até instruir a população. É um trabalho sério, empenhado, numa área que nunca foi tão prestigiada e valorizada pela sociedade como agora: os profissionais da saúde têm feito das tripas, coração. Literalmente.
Todo dia nos deparamos com histórias impactantes de pessoas que perderam seus ente queridos para o coronavírus. Quem as escreve, embora a gente escute que não “pode se envolver na pauta”, que “tem de ser imparcial”, é o jornalista. Como não se envolver? Como olhar para pessoas, que importam mais do que números, e não sentir empatia?
Brasil mostra sua cara?
No front, neste momento tão crucial de pandemia, onde nosso Brasil é um epicentro mundial, os jornalistas também se arriscam a contrariar o vírus, assim como os profissionais de saúde. Em Teresina, no Piauí, os jornalistas já têm prioridade na vacinação contra a Covid-19 e iniciativas do gênero estão surgindo em outros locais do País. Segundo informações do Portal Imprensa, na América Latina, Peru, Brasil e México lideram o ranking de mortes de jornalistas por coronavírus.
Hoje, nunca foi tão importante a união de duas forças: jornalismo (o bom e sério) e saúde. Precisamos de informações sérias, sem “terrorismo”, e divulgadas com humanidade. E também precisamos de saúde para todo um planeta que resvala diante de um vírus que ainda não parece ter fim.
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