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Desapego: a construção de uma visão mais clara da realidade

  • Foto do escritor: Riserva Zen Yoga Life
    Riserva Zen Yoga Life
  • 30 de set.
  • 2 min de leitura
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Entre os fundamentos do Yoga Sutra, encontra-se um ensinamento de impacto profundo sobre a condição humana: “O desapego é o sinal da vontade perfeita daquele que está indiferente aos objetos já vistos ou dos quais se ouviu falar” (YS 1.15).


Por trás da simplicidade do verso, revela-se um princípio de autonomia interior: a possibilidade de escolher não se prender às coisas, às experiências e até às interpretações que constantemente moldam nossa visão de mundo. Essa postura de desprendimento não significa rejeição ou indiferença absoluta, mas a capacidade de não se deixar dominar por aquilo que é percebido, preservando a liberdade da consciência.


Ao longo da vida, o indivíduo acumula impressões — muitas vezes distorcidas — que passam a filtrar e condicionar a forma como percebe a realidade. Assim, já não se vê o que “é”, mas sim o que “parece ser”, resultado de um banco de dados interno composto por memórias, crenças e expectativas.


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O praticante de Yoga, ao trilhar o caminho do desapego, dedica-se a um processo de libertação silenciosa e analítica: refinar sua percepção para além dos condicionamentos, dissolver ilusões e reencontrar sua natureza autêntica. Nesse movimento, a tão almejada libertação não surge como um ato grandioso, mas como um exercício contínuo de autorreflexão, que devolve ao indivíduo a chance de viver com naturalidade, dignidade e harmonia — aproveitando, com clareza e leveza, o breve tempo que lhe cabe na experiência da existência.



No fim das contas é necessário assumir um compromisso autêntico de autoconhecimento para promover pequenas mudanças de padrão que vão alinhar a pessoa aos seus valores e motivações mais intimas.



E você, tem feito algum exercício de desapego ultimamente?



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